IT – Capitulo Dois
Eu assisti a IT – Capítulo Dois na semana de estreia. Eu sou muito fã de filmes de terror, já vi inúmeros em toda a minha vida, então, a expectativa para este filme, somada pelo excelente Capítulo Um de 2017, estava nas alturas. Bem, digamos que o hype foi parcialmente atingido. Aqui não falarei de spoilers, não me aprofundarei em aspectos específicos do filme, como roteiro, direção, etc, só deixarei a minha impressão mesmo.
Enquanto aguardava a chegada deste filme, comecei a ler o livro. Gosto muito do Stephen King (mas isso é tema para depois), e queria ter acesso ao material original da obra. Não terminei há tempo do filme, e assumo que após ir ao cinema, dei uma pausa na leitura. Faltam poucas páginas, tenho que criar vergonha. Dessa forma, portanto, também não vou comparar as duas mídias.
O filme é bem legal. Pennywise é foda! E Bill Skarsgård tá muito bem no papel. Assunta quando precisa, surpreende em outros momentos. A verdade é que a família Skarsgård é muito talentosa, convenhamos. Além do Bill, os outros atores também estão bem, James Mcavoy, Jessica Chastain também cumprem bem seus papéis. Os outros estão convincentes. Mas quero destacar Bill Harder, que tem se mostrado um ator muito acima do que se esperava dele há alguns anos. Cara, que timming ele tem para comédia. E convence igualmente no drama (veja Barry, vou falar dela depois).
Mas a história em si é lenta. Eu já esperava pelo que vi no livro. King é bastante descritivo nas emoções de seus personagens, mas apra um filme, acho que ficou um pouco cansativo, ainda mais pelo Capítulo Dois utilizar a mesma fórmula do seu antecessor, ao apresentar os conflitos de seus personagens individualmente. A gente já sabia o que eles enfrentariam. Se o filme tivesse uns 30 minutos menos, talvez o desenvolvimento fosse mais correto. O que quero dizer é que não precisava construir toda a ameaça, uma por uma, novamente. Tanto que em alguns momentos você fica “ah, ele vai se assustar com o palhaço, mas não vai ter perigo”, porque a gente sabe que eles precisam estar juntos para que A Coisa os mate ou eles a matem. Isso fica claro desde o início do filme.
Tá, A Coisa precisa assustá-los, pois ela fica mais forte com o medo deles, e precisa fazer isso com cada um individualmente. Porra, na boa, eles já estavam no cagaço (né, Stanley!). Se mostrassem algumas cenas, e depois fossem no desenvolvimento do grupo, pois é o que foi construído no Capítulo Um, certeza que o filme seria mais agradável.
IT – Capítulo Dois, não é um filme de terror para assustar exatamente. Ele é provocativo! Isso não é um defeito, veja bem, pois o terror clássico vem se modificando. Este filme busca apresentar ao espectador que o medo, apesar de partir de uma criatura desconhecida, se instala nas próprias vivências das pessoas. Tanto é que Pennywise se aproveita disso para se fortalecer. E como isso se constrói no livro e bem significativo, e o filme também o faz bem, apesar de suavizar alguns momentos e até deixar de mostrar partes importantes, mas ó que apresenta é suficiente para entendermos a gravidade do que passa aquele grupo de pessoas.
Bem, IT – Capítulo Dois é um bom filme, mas criei expectativas demais. Esperava que fosse um épico, ainda mais depois que Bill Harder o descrever como um “O Senhor do Anéis” moderno. Passou longe, por muito!