O que achei de No Ritmo do Coração
Um filme simples, com uma história já contada diversas vezes, mas que sempre agrada. A trama mostra o amadurecimento de uma garota que é o único membro de uma família de quatro pessoas que não é surda. O nome do filme em inglês significa exatamente isso CODA (Children of Deaf Adults), mas também é a parte que finaliza uma música.
Aliás, isto remete ao sonho de Ruby (Emilia Jones), se tornar cantora.
SOBRE O FILME
No Ritmo do Coração foi escrito (também) e dirigido por Sian Heder, baseado no filme francês A Família Bélier, de 2014, Ruby é constantemente tratada pelos pais como tradutora de libras, não conseguindo viver sua própria vida como gostaria. Ela não sente problemas nisso, até que o professor de música da escola (vivido por Eugenio Derbez) a encoraja a praticar canto e a seguir seu sonho fora da cidade.
É claro que isto cria um conflito, tanto interno quanto com os pais de Ruby, que sempre foram muito protetores, ao mesmo tempo que tiveram a filha sempre por perto.
A LINGUA DE SINAIS
A linguagem de sinais pode ser considerada uma personagem importante neste filme, já que é desta forma que a maior parte dos diálogos são ditos. A expressividade dos atores que interpretam os pais de Ruby e o irmão, que realmente são surdos, fazem toda a diferença em suas composições.
A mãe de Ruby, Jackie, é vivida pela vetera Marlee Matlin, ganhadora do Oscar de melhor atriz por Filhos do Silêncio, em 1996. O pai, Frank, é interpretado por Try Kotfur, que acabou de ser indicado por este papel ao Oscar de Ator Coadjuvante (e tem arrebatado várias outras indicações e prêmios por este papel).
Ter dois grandes atores que não só são falantes da linguagem de sinais, mas que sabem usar a linguagem corporal para transmitir seus sentimentos destaca este filme, que poderia ter passado despercebido. A relação entre Kotfur e Emilia, a cumplicidade de pai e filha é muito bonita de se ver. Quantas vezes, mesmo com o olhar, eles se entendiam.
Emilia também vai muito bem como protagonista. Vivendo “entre dois mundos”, consegue expressar os conflitos que vive em pequenas ações, tentando demostrar par aos pais que os ama, mas que também precisa se desgarrar para viver seu sonho, para crescer.
O QUE ACHEI
O filme é muito bom em expressar seus sentimentos. Cria com leveza um amalgama ente o humor e o drama. É bastante divertido e emocionante, mesmo para quem conhece a versão francesa e já tem ideia do que acontece no filme. É daquelas experiencias que aquecem o coração. E Emilia Jones canta muito!